Desculpa
Quero que me desculpem,
este gasto silêncio tão viajado
tão tatuado de palavras.
Quero que me desculpem,
esta ironia que me defende contra a vida
e que vos fere às vezes, sem razão.
Que me perdoem, também, essa alma turva
que não pode espelhar alegria
e onde em vão se debruçam, imprudentes.
Quero que me desculpem a minha vida
fim de novela que não dá sequer
para tecer um sonho pequenino
e aquecer o vosso coração.
Quero que me desculpem, porque fui cúmplice
do destino que tramou o nosso diálogo,
e porque nada fiz, por covardia,
para evitar o mal que já sabia.
Quero que me desculpem, tão pobre estou,
tão gasta mudez, tão viajada serventia,
resta um pouco de magia que ainda subsiste,
- que encontraste no cais, quando chegavas,
- e eu já partia, embebedada e triste...
Poema de JG de Araujo Jorge
Adaptação de algumas palavras por sentimento de culpa pelo silêncio proporcionado a este blog...
este gasto silêncio tão viajado
tão tatuado de palavras.
Quero que me desculpem,
esta ironia que me defende contra a vida
e que vos fere às vezes, sem razão.
Que me perdoem, também, essa alma turva
que não pode espelhar alegria
e onde em vão se debruçam, imprudentes.
Quero que me desculpem a minha vida
fim de novela que não dá sequer
para tecer um sonho pequenino
e aquecer o vosso coração.
Quero que me desculpem, porque fui cúmplice
do destino que tramou o nosso diálogo,
e porque nada fiz, por covardia,
para evitar o mal que já sabia.
Quero que me desculpem, tão pobre estou,
tão gasta mudez, tão viajada serventia,
resta um pouco de magia que ainda subsiste,
- que encontraste no cais, quando chegavas,
- e eu já partia, embebedada e triste...
Poema de JG de Araujo Jorge
Adaptação de algumas palavras por sentimento de culpa pelo silêncio proporcionado a este blog...
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